1º – Mantenha a calma. Você tem cerca de 2 horas para agir. Segundo o Ministério da Saúde, aquimioprofilaxia deve ser realizada até 2 horas após o acidente. Após esse tempo, sua eficácia é discutível. Em casos extremos, pode ser iniciada até 24 a 36 horas depois, e nos acidentes de alto risco de 1 a 2 semanas.
2º – Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou pele exposta ao sangue ou fluidos orgânicos. Lave as mucosas com água em abundância. O uso de antissépticos tópicos pode ser adotado. Não é recomendado a utilização de agentes cáusticos ou injeção de antissépticos por meio dos ferimentos.
3º – Comunique o acidente ao médico plantonista, ou ao seu superior ou seu preceptor.
4º – Usando os fluxogramas do Ministério da Saúde, Classifique o seu acidente para ver se há necessidade do uso da quimioprofilaxia.
5º – Colha uma amostra de sangue sua e do paciente-fonte em tubos de ensaio, sem anticoagulante e devidamente identificados. Leve-os imediatamente ao laboratório de sua unidade de saúde para serem centrifugados. Obs: O paciente-fonte tem direito de recusar a submeter-se à realização da sorologia para HIV. Ocorrendo isso, considera-se o paciente como sendo soropositivo.
6º – Obtenha do paciente-fonte uma anamnese detalhada sobre seus hábitos de vida, história de hemotransfusão, uso de dorgas, vida sexual, uso de preservativos, passado em em presídios ou manicômios, história de hepatite e DST’s, sorologias anteriores, tentando situá-lo numa possível janela iminológica.
7º – Vá ao Setor de Segurança do Trabalho ou CIPA ou Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da sua unidade de saúde e preencha o inquérito de notificação e a guia da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Obs: se sua unidade hospitalar não possui estes setores, reivindique sua criação. É para a preservação de sua vida e da vida de todos os profissionais que atuam na sua unidade de saúde.
8º – No SESMT, CIPA ou SCIH de sua unidade, por lei, devem estar disponíveis as drogas anti-retrovirais. Caso não haja, dirija-se imediatamente a um hospital de referência no atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico. Serão feitas as sorologias dos sangues coletedados. Além disso, deverão ser colhidos exames laboratoriais, no momento do acidente, para o seguimento e avalição da quimioprofilaxia: hemograma,transaminases (AST e ALT), uréia, creatinina e glicemia basal.
9º – Preconiza-se a realização das seguintes sorologias: Anti-HIV (Elisa convencional); HBsAg; anti-HBs; anti-HBc e anti-HCV. Sorologia para Lues: (VDRL, ELISA, Hemaglutinação ou outro método), se houver história clínica e/ou epidemiológica; e sorologia para doença de Chagas, se houver história clínica e/ou epidemiológica.
10º – Inicir-se-á a quimioprofilaxia contra o HIV, que tem duração de 28 dias. Caso necessário, será também iniciada a quimioprofilaxia para hepatite B.
11º – Repetir-se-á suas sorologias com 6 semanas, 3 meses e 1 ano. O profissional acidentado, em uso de quimioprofilaxia anti-retroviral, deverá retornar à consulta médica semanalmente para acompanhamento clínico dos sinais de intolerância medicamentosa.
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